1. |
Alarmes de Incêndio
05:31
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"Era um choque forte e paralisante
Endorfinas que jorram sem parar
Tipo surto, pulso acelerado
E a sensação de quem vai desabar
do brinquedo mais alto
Meu estômago dando quase mil voltas
As mãos agitadas, golpes tão fortes pra me derrubar... pra me derrubar
E eu nem sei mais voltar pra casa
E eu não
Controlo mais meus pés no chão
E eu não
Controlo mais
Meu coração anda mais apertado
que os trens da central
E eu precisava soltar
Eu precisava saltar
Eu precisava apagar
suas faíscas no meu peito vão nos fazer explodir
Ah, e toda cidade hoje pode escutar
esses alarmes de incêndio e o meu peito quase desarma
Ah, e toda cidade hoje pode escutar
existe um fogo no meu peito e em você
E eu nem sei mais voltar pra casa
E eu não
Controlo mais
meus pés no chão
E eu não
Controlo mais"
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2. |
Descanso
01:02
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3. |
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“Tropecei
Num sonho bom
Foi tão bom me machucar!
Dentro de um buraco
No tempo eu te achei
E toda pressa de chegar
Disparar meu peito
Testando seus erros
Desviando da morte
Como quem põe deus pra descansar
No seu colo
E essa rua tem o nome seu
E ela passa sobre mim!
E a força do que nunca nasceu
Como um sonho (Como um sonho bom)
Pra me acordar
Em outro tempo
Os mesmos erros
Rasgando meu peito
Desviando da morte
Botando deus pra descansar (Botando deus pra descansar)
E essa rua tem o nome seu
E ela passa sobre mim!
(Passa sobre mim)”
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4. |
Nada
04:45
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“Se hoje essa falta é o que te sobra
O que me assusta é que eu já não me vejo mais
Eu precisava encontrar a verdade lá fora
Eu precisava de algo forte pra matar algo de bom em mim
Aquela dor que você levava nas costas era quase um troféu
Você disse que heróis de verdade
Não nascem sob o céu suave das manhãs
São poucas horas pra cura se espalhar
Esses lençóis são únicos pra te abraçar agora
Se esse é o fim deixa ele te queimar
Porque é preciso quebrar a parte mais fraca
E era o pouco que ainda esquentava esse corpo
Eu quis levar o seu céu nas minhas costas
Você tinha algo que eu quis
Que não servia pra nada
Pra suportar essas cabeças baixas
Sempre tão frustradas
Quando nada que parece o bastante
Vai e leva o melhor de tudo
Pra respirar fundo outra vez
E diz tá tudo bem
Quando ninguém perceber
E puder só manter a cabeça erguida
E nunca mais tentar
Porque no fim ninguém nunca ganha nada
Melhor se arrastar esperar
E assistir esse trem partir
Se apegar a corda antes te se enforcar
Me fazendo soltar essas mãos geladas
E era o pouco que ainda esquentava esse corpo
Eu quis levar o seu céu nas minhas costas”
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5. |
Sardas
02:30
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“O sol
Nasce para todos
Mas só uns tem direito a sombra
E pra aqueles
Que o sol é mais perto
E eu estou tão longe do mar
Só tem medo do sol
Quem se deixa queimar
Meu peito coberto de sardas
Não sabe se vai durar
A calma de ter mais um verão (A calma de ter mais um verão)
São filmes repetidos
Que eu já sei o final!
E eu sempre venho aqui
Tentando encontrar
A calma de ter mais um verão
A calma de ser mais um verão
E o outono começar”
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6. |
Casa (Paulo)
04:17
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“Eu não alimento as mãos
Desses monstros que nos fazem mal
E mesmo assim
Eles invadem nossa casa
E incendeiam o nosso colchão
E tudo
Mas eu juro
Eles não terão meu coração! (Eles não terão meu coração!)
Mesmo que o tempo venha me destruir
(Mesmo que o tempo venha me destruir)
Eu não alimento mais!
Esses monstros
E eles me arrastam e me levam de volta pra casa
(De volta pra casa)
E eles não terão meu coração!”
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7. |
Abutre
03:53
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“Sempre sorrindo sobre os meus pés
Ela é a mão que me ataca
E disfarça tão bem!
Não sabe da minha sede
O quanto eu caminhei pra trazer aqui
E te ouvir fingir
Que sou eu
Atravessei o mar
De sorrisos
E continuo perdido!
Você diz que vai mergulhar
E não me estende a mão!
Diz que o vilão sou eu
Diz pra eu tomar cuidado
Mas pisar em ovos nunca foi fácil pra mim
Parece que uma bomba ainda vai explodir
Na minha cabeça!
E eu não quero mais me esconder
Depois de tanto tempo guardado
Num canto
Não é o seu barulho que vai me impedir
Atravessei o mar
De sorrisos
E continuo perdido!
Você diz que vai mergulhar
E não me estende a mão
Diz que o violão sou eu!”
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8. |
Paraquedas (Boddah)
03:19
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“E eu sei que vão dizer
ainda é cedo
é sempre cedo demais
mas eles sempre correm contrariando os medos
é sempre cedo pra dizer adeus mas...
algo sempre se vai
era só uma menina que pensava ser bem mais
seu peito de vidro nunca previa as quedas
e la se foi!
se jogar mais uma vez com suas asas de faz de conta
tão despreparadas
bem no meio do caminho, como num refrão, gritando nomes sujos.
…no porão da sua memoria falida e confusa, apenas 10gramas de pó
ele guardava naftalina nos bolsos
e a felicidade numa gaveta, do lado direito da cama
apertava entre os dedos contorcidos, torcendo por um sonho bom
mas sempre soltava quando o estúpido sol saltava sobre a sua janela
ele testava calor naquela pele fraca
ela não foi feita pra amanhecer
então ela subiu o mais alto daquela fumaça tóxica da sua fabrica de nuvens particular
e pulou!
pairando como uma pipa leve e boba
perdida entre nuvens e os cortes finos de cerol
E eu sei que vão dizer
mas eles sempre correm contrariando os medos
é sempre cedo pra dizer adeus mas...”
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9. |
Arranha-céu
02:46
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“Viraram meu mundo
Cabeça pra baixo
E não acho que isso vai mudar
Devo andar sobre as nuvens
Sozinha pensando
Será o caminho
De volta pra casa?
Mas se o avião me atropelar?
Se meu amor não souber voar
Então diz pra eu não me preocupar
E se eu cuspir pro céu
E o céu revidar?
Alguém me busca
Venham me buscar
O terapeuta me diz
Pra não me preocupar
Mas se eu cuspir pro céu
E o céu revidar?
Alguém me busca
Venham me buscar
Viraram meu mundo
Cabeça pra baixo
E não acho que isso vai mudar
Devo andar sobre as nuvens
Sozinha pensando
Será o caminho
De volta pra casa?
Mas se o avião me atropelar?
Se meu amor não souber voar
Então diz pra eu não me preocupar
E se eu cuspir pro céu
E o céu revidar?
Alguém me busca
Venham me buscar
O terapeuta me diz
Pra não me preocupar
Mas se eu cuspir pro céu
E o céu revidar?
Alguém me busca
Venham me buscar
Em qualquer esquina, no mundo da lua...”
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